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 | 31/10/2008 16h12min

Lula diz que FMI e Banco Mundial "de nada servem" atualmente

Presidente voltou a defender uma mudança no sistema financeiro internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar no ato em que seria assinado um contrato da Petrobras com a Cuba Petróleo e inaugurado um escritório da Associação Brasileira de Promoção das Importações e Investimentos (Apex), em Havana, voltou a insistir na sua pregação a favor da mudança e da regulação do sistema financeiro internacional.

— É preciso mudar a economia mundial. O FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, do jeito que funcionam hoje, de nada servem. Os países precisam regular o sistema financeiro. Não dá mais, pois descobriu-se que o mercado é um ovo sem gema — disse.

Lula afirmou que o mercado, "tido desde o Consenso de Washington como regulador de tudo, no momento em que entrou em crise teve que pedir socorro ao Estado. E isso provou que o mercado não se auto-regula, e é preciso que os países, principalmente os emergentes, que estão sendo apontados como salvadores do capitalismo, tenham direito a participar das decisões."

O presidente atacou novamente os especuladores, afirmando que "não fizeram produzir nem um botão".

— Não dá para você ser submetido a uma lei e o sistema financeiro não ser — criticou.

Ele voltou a admitir a gravidade da crise, reiterando, porém, que o país não paralisará investimentos.

— A crise é séria, atingiu os países ricos, terá reflexo nos outros, também no Brasil, mas o Brasil está se prevenindo, não vai paralisar seus investimentos.

Lula repetiu que o Brasil passou de devedor a credor, pois tem mais reservas do que dívida. E contou:

— Eu tive uma alegria imensa no dia em que chamei o presidente do FMI, um espanhol chamado Rato (Rodrigo de Rato), e lhe disse: "Não preciso mais dos seus 16 bilhões de dólares, pode levar". Vocês não imaginam a alegria que tive — eu que passei a vida inteira dizendo "fora, FMI" e, como presidente da República, ter chamado o FMI para dizer "Adeus, FMI".

Entenda a crise:

Agência Estado
 
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